14/04/2014

O colesterol é o grande culpado dos infartos?

Essa é mais um texto da série "O mito do colesterol" escrito pela nutricionista Alice Dalpicolli Rodrigues. Se você quiser acompanhar desde o começo clique aqui. ;)

O MITO DO COLESTEROL
por Alice Dalpicolli Rodrigues

Parte VI - O colesterol é o grande culpado dos infartos?

Em 1910:
  • Infarto era uma doença praticamente inexistente
  • Uso de gordura animal: 83%
  • Manteiga: 8Kg 
Em 1970:
  • Infarto virou a principal causa de morte dos EUA
  • Uso de gordura animal: 62%
  • Manteiga: 1,8Kg
  • Óleos Refinados Vegetais: aumento de 400%
(Fonte: Enig,Mary G.. Health and Nutritional Benefits from Coconut Oil, Price-Pottenger Nutrition Foundation Health Journal, 1998, 20:1:1-6)

Ok, agora se você não entendeu, saiba que o infarto era uma doença inexistente. Em 60 anos, virou a principal causa de morte nos Estados Unidos. O que aconteceu neste meio tempo?
  • Uso de gordura animal diminuiu
  • Uso de manteiga diminuiu absurdamente
  • ENTRARAM NO MERCADO OS “ÓTIMOS” ÓLEOS VEGETAIS REFINADOS, QUE AUMENTARAM EM 400%. É ESTES MESMOS QUE NOS FALAM PARA INGERIR (SOJA, CANOLA, MILHO, GIRASSOL, ALGODÃO…)

Bem, hoje já sabemos que o Infarto do Miocárdio não é uma doença do colesterol, e sim uma doença inflamatória. Estão agora confusos, sem entender mais nada? Pois é, infelizmente vai contra praticamente tudo que se houve a respeito, mas se raciocinarmos, é muito simples de chegar a conclusão que realmente não pode ser o colesterol o grande vilão da história, pois se assim fosse, os índices de infartos já teriam diminuído, uma vez que tudo que se faz é uma caça às bruxas em relação ao colesterol e, mesmo assim, a batalha está sendo perdida facilmente.

Pense, lembre daquela sua avó e avô, falecidos com 90 anos, se alimentando com banha de porco, quando nem se falava tanto em colesterol e, ainda bem, nunca foram medicados para que fossem diminuídos seus níveis. É, saibam que avaliando-se grupos de centenários, chegou-se a conclusão de que longevos possuem níveis de colesterol mais elevado do que os que falecem precocemente. Obviamente estamos falando aqui de níveis aceitáveis, não estou preconizando que tenhamos níveis absurdos ok? Até porque entenderão que níveis muito elevados são sinais de que algo está acontecendo de errado com seu metabolismo, muito provavelmente hormonal.

- Um dos maiores estudos já feitos no mundo com estatinas, evidenciou que baixar colesterol de fato não conseguiu ser convincente como forma de diminuir o infarto. Mas, sim baixou o colesterol (e daí??? Se não for para melhorar a prevenção, adianta baixar colesterol???);

- A maior parte dos infartados têm níveis de colesterol considerados NORMAIS;

- Muitas civilizações consomem 60 a 70% das calorias diárias oriundas de gorduras, apresentam altíssimos níveis de colesterol (>250), o que seriam níveis de risco para nossa medicina, entretanto NÃO possuem placas ateromatosas e também não têm nenhum sinal de doença cardiovascular, mesmo entre indivíduos de idade avançada.

Lembrem que colesterol existe no ser humano desde que homem é homem e que inexiste qualquer relato desta patologia até o final do século XIX. O primeiro caso de IAM foi documentado na Inglaterra em 1878, por Rudolf Virchow, um patologista alemão.

Evidências científicas:
  • Altos Índices de AVC hemorrágico em indivíduos com colesterol tido como normal (colesterol < 180 – D. Tirchwell, Seattle)

  • Altas taxas de depressão em mulheres com colesterol tido como normal (colesterol < 160 – Schwartz E, Duke University)

  • O consumo de gordura animal cresceu na Suíça, enquanto as taxas de Infarto declinaram (Medical Wordl News – June &, 1982)

  • Países com baixo consumo de colesterol como Israel e Chile, apresentaram altos índices de infarto

  • Nos países escandinavos, o consumo de gorduras foi substancialmente reduzido, enquanto a incidência de Infarto aumentou

Continua no próximo post:

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